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Teletrabalho: dados do trabalho remoto durante a pandemia

 

A necessidade de isolamento social em virtude da pandemia pelo coronavírus (Covd-19) estimulou os empregadores a adotarem o trabalho remoto para seus empregados.

Alguns dias após a Organização Mundial de Saúde – OMS declarar que estávamos vivendo uma pandemia, o Ministério da Saúde anunciou orientações para evitar a disseminação do coronavírus, dentre elas a adoção do trabalho em casa (home Office).

O teletrabalho ou trabalho remoto é a prestação de serviços realizada pelo empregado, preponderantemente, fora das instalações da empresa. Esta modalidade de trabalho é definida em contrato ou termo aditivo de trabalho, não se confundindo com trabalho externo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou que 8,9 milhões de pessoas estão trabalhando remotamente neste período de pandemia.

A pesquisa do IBGE revelou ainda que o nível de instrução das pessoas em trabalho remoto é de 31,9% com  superior completo ou pós-graduação, seguido de 5,9% com nível médio ou superior incompleto.

Observa-se que pessoas com nível de estudo entre o fundamental completo e sem  instrução representam uma quantidade muito pequena de pessoas que fazem parte desses milhões de pessoas em teletrabalho.

O Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, realizou um estudo para avaliar quantos trabalhos podem ser realizados remotamente e constatou que 22,7% das ocupações no Brasil podem ser realizadas por teletrabalho. Este percentual corresponde a 20,8 milhões de pessoas com possibilidade de trabalhar em casa.

O estudo do IPEA demonstrou que o Distrito Federal tem maior potencial de teletrabalho (31,6%), enquanto o estado do Piauí detém o menor percentual (15,6%).

Além disso, as ocupações com maior possibilidade de trabalho remoto são a dos profissionais das ciências e intelectuais (65%), cargos de diretores e gerentes (61%) e trabalhadores de apoio administrativo (41%).

Por outro lado, algumas profissões foram apuradas como não passíveis de teletrabalho, como: trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca; operadores de instalações e máquinas e montadores; ocupações elementares; e membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares.

 

Os pesquisados do IPEA concluíram que “…o percentual de pessoas em teletrabalho possui variações significativas entre os estados da Federação e os tipos de atividades ocupacionais.”, além disso o estudo revelou “… as desigualdades regionais e as diferenças no acesso a essa modalidade no território nacional”.

Vale ressaltar que após a pandemia há uma grande possibilidade de que esta modalidade de trabalho seja maior aproveitada. Com isso, existe “… a necessidade de estudos que quantifiquem e localizem essas novas possibilidades de teletrabalho”, conclui o estudo do IPEA.

 

 

Fonte:

Potencial de teletrabalho na pandemia: um retrato no Brasil e no mundo¹

IBGE / PNAD COVID-19

Saúde anuncia orientações para evitar a disseminação do coronavírus

Olhar Trabalhista

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